sexta-feira, 10 de junho de 2016

Crônica

                        Passeio perigoso.

Meu namorado Felipe e eu em uma bela tarde de sábado resolvemos que no domingo pela manhã iriamos até uma cidade vizinha de nosso pequenino distrito, em nosso velho, porém muito útil carro. Nós queríamos ir até lá porque ficamos sabendo que havia sido inaugurado um clube maravilhoso na cidade.
Ainda no sábado à tarde verificamos todo o carro, verificamos pneus, agua, colocamos gasolina e fizemos todos os reparos e preparativos que achamos necessário para a viagem, aparentemente estava tudo correndo muito bem, até estranhei, pois estava tudo tão correto e tranquilo como nunca havia acontecido. Todas as vezes que resolvíamos sair sempre acontecia algum empecilho por menor que fosse. Apesar disso estávamos todos muito alegres e ansiosos para o divertido passeio, mas nenhum de nós conseguiu dormir bem aquela noite.
No outro dia pela manhã tomamos café, pegamos as malas, entramos no carro e fomos em direção à bendita. No caminho meu namorado com muita pressa de chegar estava dirigindo o carro na velocidade máxima permitida, quando na rodovia vinha um caminhão ultrapassando um ônibus também em alta velocidade. Na mesma hora eu que estava dormindo acordei assustada, ao ver a aquele caminhão vindo em nossa direção soltei um grito de desespero, eu gritava tremendo da cabeça aos pés, naquele momento eu sabia que não iria dar tempo do caminhão ultrapassar, tanto quanto do Felipe frear o carro. Senti-me completamente sem reação, mesmo assim disse gritando a ele: “joga pro acostamento não vai dar tempo”, então ele o fez, porém perdeu o controle do carro e fomos jogados em direção a uma árvore, por pouco não capotamos o carro.
Passados alguns minutos chegou a equipe de atendimento do SAMU e alguns policiais também, que nos levaram para o hospital, já que o Felipe sentia muita dor nas pernas e costas e eu estava com todo o corpo dolorido e principalmente meu abdômen. Já no hospital fizemos todos os exames necessários, o Felipe havia quebrado a perna e rapidamente foi diagnosticado e permanecia bem enquanto eu estava sendo atendida. Eu não havia tido nenhuma fratura nem ferimento grave, contudo o medico falou que eu estava gravida--“Como assim? eu gravida?”—e disse que por muita sorte estávamos bem, meu pequeno anjinho, o Felipe e eu. Foi assim que descobri que estava gravida, uma grande emoção e até hoje estando em meu quarto mês de gravidez ainda não acredito o tamanho da sorte que tivemos.
Desde daquele dia eu venho pensando todos os dias em quanto a nossa vida é valiosa, temos que a viver mesmo intensamente, um dia após o outro sem deixar-nos guiar pelos medos; inclusive em outra oportunidade fomos a essa mesma cidade e a esse mesmo clube. Entendi que temos que valorizar cada pessoa que nos quer bem assim como todos os familiares, afinal nunca se sabe quando o sopro da morte pode designar o fim dos nossos dias. Fica esse acontecimento como exemplo, pois não há tristeza grande o bastante, que a felicidade em seus dias mais bondosos não expulse.

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