terça-feira, 14 de junho de 2016

Fábula

                            A História de Azulão e Beto.

Há pouco tempo atrás moravam em uma mesma vila dois filhotes, um gato e um pássaro, este por nome Azulão e o outro Beto. Beto morava em uma pequena casa com seus pais e passava a maioria de seu tempo sempre passeando pela vizinhança, adorava também mostrar seus dons, pois era muito bonito e criativo. Azulão por sua vez vivia preso em uma gaiola na qual recebia comida todos os dias pela manha, ele havia se perdido de seus pais quando o ensinavam a voar, portanto colocaram-no em uma gaiola que se encontrava na praça da vila.
Beto todas as manhas depois que Azulão comia seu alpiste, passava pela praça e sempre fala a ele:
 --Você não tem vontade de sair dai?
Então Azulão respondia sempre desapontado.
 – Sim, mas não posso.
 – Mas por que você não pode? Será que o nenenzinho ai tem medo sem a mamãe?—e ria sempre de azulão.
Azulão nunca retrucava a ofensa por mais chateado que estivesse. Sentia-se muito triste por não conseguir superar seu trauma, e chorava todas as noites ao lembrar-se de seus pais. Ninguém além de azulão sabia o quanto era dolorido não tê-los por perto.  Porém azulão sempre recordava as palavras de sua mãe que dizia para ele ser forte mesmo que nada desse certo em sua vida.
Certo dia enquanto Beto fazia suas crueldades com Azulão passava um cachorro grande com dentes muito afiados que ia de encontro a Beto, o pássaro o avisou:
--Corra Beto, anda de pressa corraaa.-- Com cara de espanto.
-- Eu não correrei pensa que sou burro? Está querendo me pregar uma peça.
Desta forma Beto foi brutalmente atacado pelo cachorro desconhecido, ficou no chão ensanguentando e pedindo por ajuda ali mesmo embaixo da gaiola de Azulão. Em desespero Azulão gritava e chamava, mas não obteve nenhuma resposta. Foi ai que azulão pensou:
--Preciso ser forte, preciso ir atrás de ajuda, mas como irei se eu não sei voar?—naquele mesmo momento Azulão viu a imagem de seus pais diante de seus olhos, uma miragem talvez, mas que o chamavam e diziam:
--Vamos lá meu filho voe, vá buscar ajuda para essa pobre criatura. Seja forte meu pequeno, você conseguirá.
Mesmo sem saber se conseguiria Azulão não queria que Beto morresse e então ele tentou, e por mais incrível que pareça ele conseguiu, voou perfeitamente entre as arvores da praça até a casa dos pais de Beto aonde contou o que havia acontecido. Os pais de Beto então correram para ajudar o filho, que se recuperou muito bem, após alguns dias disseram a Azulão:
--Muito obrigada pequeno pássaro seremos eternamente gratos pela sua ajuda, vemos que você gosta muito de nosso filho, ele sempre nos falava que você nunca saia da gaiola por nada no mundo.
Apesar de azulão se recordar de todas as ofensas de Beto, o sentimento de ter o ajudado e o prazer em fazer isso cobriu o coração de Azulão de alegria. Aliás, no final de tudo Beto o agradeceu e pediu desculpas a ele por tudo de mal que já havia o feito:
--Me desculpe meu caro amigo, estou profundamente arrependido por todas as vezes que zombei de ti.
--Sim, eu o desculpo contanto que aceite ser meu amigo—disse Azulão.
--Pode apostar que serei. ---disse Beto dando-lhe um forte abraço.
Após se desculparem o pássaro contou ao gatinho toda a sua historia terrível, o que fez Beto sentir-se pior ainda por ter feito tamanha crueldade com Beto, mas apesar de todas as controvérsias os dois viraram ótimos amigos, até os dias de hoje.

Morais: Nunca menospreze ninguém, você pode precisar dele um dia. O amor ao próximo supera o supérfluo sentimento de ódio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário